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Camila Moradia

DDH, Fundadora
Mulheres em Ação no Alemão (MEAA)

Realizamos um trabalho de formiguinha. Somos um coletivo de mulheres fazendo o mínimo para outras mulheres daqui e de outras favelas do RJ. Nosso foco é promover chefes de família, vítimas ou não de violência doméstica. Por isso, cadastramos, monitoramos e acompanhamos essas mulheres e suas famílias.

Camila Moradia nasceu em um lugar conhecido como Grota, no grupo de favelas que compõe o Complexo do Alemão. "Cria do morro" porque nasceu, cresceu e mora no Alemão. Sua família está na quarta geração na favela.

Camila acompanhou a mãe na luta pelos direitos, principalmente pelos direitos das mulheres, desde os cinco anos de idade. Ela sempre estudou em creches do Alemão. Participou de quase todos os projetos sociais disponíveis de acordo com a idade, morou 5 anos em Minas Gerais e após terminar o ensino médio voltou para casa (Complexo do Alemão) aos 18 anos.

Em 2004, Camila voltou a participar ativamente dos projetos sociais desenvolvidos pela Prefeitura e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Foi uma jovem aprendiz, monitora e supervisora ​​desses projetos. Trabalhou no Rio por 10 anos desenvolvendo diversas atividades sociais e de desenvolvimento com os moradores, principalmente mulheres. Camila sempre acreditou que as mulheres eram a principal ferramenta de transformação da sociedade, mas também foram elas que mais sofreram com a realidade.

Em 2010, com a retirada da "Favelinha da Skol", Camila se tornou uma das líderes da luta por moradia no Complexo do Alemão e passou a dar voz a 1.300 famílias. Em 2015, com base nas ações que já realizava e nas demandas das mulheres que chegavam, Camila criou o coletivo Mulheres em Ação no Alemão (MEAA).

A missão do MEAA é acabar com a violência contra a mulher e contribuir para o empoderamento da mulher e de sua família, fortalecendo sua autonomia e garantindo seus direitos básicos. Mais de 400 mulheres são atendidas no Complexo do Alemão, uma favela na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Brazil

Os desafios e ameaças enfrentados pelos/as defensores e defensoras de direitos humanos no Brasil continuam muito elevados, particularmente para aqueles/as que trabalham em questões sobre a terra, o meio ambiente, os povos indígenas, os direitos LGBTI, a corrupção e a impunidade. Muitos/as defensores/as têm sofrido ameaças de morte, ataques físicos, prisões arbitrárias e processos judiciais. O elevado número de mortes é particularmente preocupante, e tais assassinatos ocorrem em um contexto de impunidade generalizada.