Concedido anualmente, o Prêmio Front Line Defenders para Defensores e Defensoras de Direitos Humanos em Risco honra o trabalho de defensores e defensoras de direitos humanos que, através de trabalho não-violento e de maneira corajosa, prestam uma excelente contribuição na promoção e proteção dos direitos humanos de suas comunidades, muitas vezes com grande risco pessoal.
Finalistas de 2016:
Phyoe Phyoe Aung, Burma/Myanmar
A Sra. Phyoe Phyoe Aung é uma defensora dos direitos estudantis em Burma/Myanmar. Ela é a Secretária-Geral do All Burma Federation of Student Unions (ABFSU), e liderou protestos generalizados para a liberdade acadêmica em todo o país. Ela passou três anos na prisão por participar pacificamente na “Saffron Revolution”, em 2008, e foi novamente detida em 2015 com mais de outros 100 estudantes – muitos dos quais foram torturados. Phyoe Phyoe foi libertada com perdão presidencial há apenas três semanas, em abril de 2016.
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Mohammed Khatib, Palestina
O Sr. Mohammed Khatib é um defensor de direitos humanos que trabalha com o direito à autodeterminação nos Territórios Palestinos Ocupados. Ele é um advogado palestino e um dos fundadores do Popular Struggle Coordination Committee (PSCC), que põe em contato diferentes manifestantes pacíficos de várias aldeias em toda a Palestina. Em seus 11 anos como defensor de direitos humanos, ele tem sido alvo de assédio, detenções e abuso por parte do Exército de Israel, e agressões física por colonos israelenses. Ele tem sido um dos líderes dos protestos em sua aldeia, Bil'in, na Cisjordânia, manifestações que vêm sendo realizados semanalmente desde 2005 e que ajudaram a pressionar a Corte Suprema de Israel para que ordenasse a mudança de rota do muro construído em torno da aldeia.
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Ingrid Vergara Chavez, Colômbia
A Sra. Ingrid Vergara Chavez é uma defensora do direito à terra que trabalha com o Movimiento de Victimas de Crimenes de Estado (MOVICE) em Sucre, Colômbia. Ingrid e seus/suas colegas exigem justiça e o fim da impunidade para os crimes cometidos pelo governo e por grupos paramilitares, e defende a devolução de terras a comunidades camponesas e indígenas deslocadas. Em resposta, ela recebe constantes ameaças de morte. Quatro de seus colegas foram mortos nos últimos dois anos, e ela e suas filhas foram ameaçadas com armas, panfletos públicos, mensagens de telefone e e-mail, e vigilância.
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Khalid Bagirov, Azerbaijão
O Sr. Khalid Bagirov é um dos finalistas, o rosto de um grupo de advogados de direitos humanos ameaçados e perseguidos no Azerbaijão. Quando o governo Azeri começou uma repressão sem precedentes contra a sociedade civil, em 2013, os advogados que trabalhavam em casos de proeminentes defensores/as de direitos humanos e jornalistas tornaram-se alvos da perseguição. Por seu trabalho ousado na defesa de alguns dos/as mais proeminentes defensores/as de direitos humanos do país, Bagirov foi expulso do Conselho de Advogados em 2015, mas, desde então, continuou a litigar e ganhar casos perante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Ele continua a aconselhar os poucos advogados de direitos humanos remanescentes no país, que estão coletivamente honrados com esta nomeação.
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Ana Mirian Romero, Honduras
A Sra. Ana Mirian Romero é uma defensora dos direitos à terra e dos direitos indígenas em Honduras. Ela tem sido ativa na oposição à instalação da usina hidroelétrica de Los Encinos em terras indígenas próximas ao rio Chinacla. Em 2010 ela entrou com uma ação para o reconhecimento das terras ancestrais da comunidade, e agora ela e sua família são alvos de constantes ataques por parte da polícia, de militares e de civis armados ligados à empresa hidrelétrica. Seus filhos foram forçados a abandonar a escola devido ao assédio contínuo e, no início de 2016, sua casa foi incendiada por completo em seguida ao seu retorno ao lar após dar a luz a sua filha mais nova.
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Maanda Ngoitiko, Tanzania
A Sra. Maanda Ngoitiko é uma defensora dos direitos das mulheres, dos direitos pastoris e do direito à terra na Tanzânia. Ela é uma das defensoras de direitos humanos mais visadas da região, opondo-se abertamente a projetos "turísticos" e a concessões de terras que expropriam as comunidades Massai de seu território e prejudicam sobretudo a educação e as oportunidades econômicas para mulheres e garotas. Em 2013, os serviços de segurança disseram a Ngoitiko que se ela não parasse, eles iriam "levá-la e ela nunca mais seria vista". No dia seguinte, ela retomou o seu trabalho. Ela continua a mobilizar as mulheres para defender a terra e a segurança alimentar, apesar das ameaças físicas permanentes e do assédio judicial. Em um exemplo recente, já em abril de 2016, as autoridades locais a convocaram para um interrogatório.
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Sobre o Prêmio Front Line Defenders para Defensores e Defensoras de Direitos Humanos em Risco:
O Prêmio Prêmio Front Line Defenders para Defensores e Defensoras de Direitos Humanos em Risco foi criado em 2005 para homenagear o trabalho de um/a defensor/a de direitos humanos que, através de trabalho não-violento e de maneira corajosa prestam uma excelente contribuição na promoção e proteção dos direitos humanos de outras pessoas, muitas vezes com grande risco pessoal para eles mesmos.
O Prêmio visa chamar a atenção internacional para o trabalho dos/as defensores/as de direitos humanos, contribuindo assim para a segurança pessoal do ganhador.
Em 2014, a rede de mídia Al-Jazeera tornou-se o parceiro de mídia global para o Prêmio Front Line Defenders, dando muito mais ampla cobertura à cerimônia e ao trabalho do/a defensor/a para uma audiência global.
Os ganhadores das edições passadas do Prêmio Front Line Defenders para Defensores e Defensoras de Direitos Humanos em Risco são:
2015 - Guo Feixiong, China
2014 - SAWERA, Paquistão
2013 - Biram Dah Abeid, Mauritânia
2012 - Razan Ghazzawi, Síria
2011 - Joint Mobile Group, Federação Russa
2010 - Dr. Soraya Rahim Sobhrang, Afeganistão
2009 - Yuri Melini, Guatemala
2008 - Anwar Al-Bunni, Síria
2007 - Gégé Katana, República Democrática do Congo
2006 - Ahmadjan Madmarov, Uzbequistão
2005 - Dr. Mudawi Ibrahim Adam, Sudão
